sábado, 26 de maio de 2012

ATIVIDADES DE MATEMÁTICA


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Jogo das Cartas – Multiplicação
Finalidade: Treinar a multiplicação através do jogo de cartas
Material: 1/4 de cartolina ou o material que se deseja trabalhar, canetinhas ou impresso (Professor ou os próprios alunos poderão confeccionar cartas de 1 a 10 duas vezes)
Número de jogadores: 2 jogadores para cada 2 jogos de cartas de 1 a 10
REGRAS DO JOGO:
Dividir a turma em duplas.
Para cada dupla entregar dois jogos de cartas de 1 a 10;
Cada dupla deve embaralhar as cartas.
Cada jogador deverá pegar uma carta ao mesmo tempo, o número que der na carta do jogador nº 1 deve-se multiplicar pela carta do jogador nº2.
Exemplo: jogador nº 1 tirou a carta número 6 e o jogador nº 2 tirou a carta 7    (7 x 6=42), quem falar 42 primeiro ganha ponto.
Outra estratégia:
Pode-se dividir a sala em dois grupos grandes, e escolher um representante de cada grupo a cada rodada, quem responder corretamente ganha ponto para o grupo, e assim por diante.


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Bingo das palavras
Finalidade: Reconhecer os sons e a ortografia das palavras.
Material: Uma cartela com imagens e a escrita dos objetos para cada jogador.
Número de participantes: De 10 a 15 crianças.
REGRAS DO JOGO:
Distribuir as cartelas para a turma, e a partir do sorteio das palavras cada pessoa deverá procurá-la na sua cartela e marcar ou não.
O vencedor será aquele que conseguir completar sua cartela primeiro.



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Finalidade: ajudar a criança a associar o numeral à quantidade, a realizar cálculos mentais e a perceber que operações deferentes podem levar a um mesmo resultado.
Materiais: Placas de papel cartão com as operações (adição e subtração) e 45 cartões menores com números de 0 a 18.
REGRAS DO JOGO:
Distribuir as cartelas maiores entre as crianças;
Arrumar os cartões menores no centro da mesa com a face para baixo;
Um jogador escolhe um dos cartões menores e lê em voz alta;
Os outros participantes devem procurar em sua cartela a operação que corresponde aquele resultado; O primeiro que encontrar, marca um ponto, colocando o cartão menor sobre a operação;
Vence aquele que completar a cartela maior primeiro.

10 SUGESTÕES PARA SE TRABALHAR COM TEXTOS

1.Texto em tiras

a) Selecione um texto curto e escreva-o em tiras de papel pardo -aquele bem barato que se compra em metros. Cada frase ou parte do texto deverá estar escrito em uma tira.

b) Divida a turma em grupos.

c) Distribua uma ou mais tiras para cada elemento do grupo -de forma desordenada- e peça para que o grupo o reconstrua no chão, de preferência no corredor ou pátio da escola. Essa atividade é sócio-interativa e promove a participação de todos na reorganização do texto. Também é uma forma de tirá-los das cadeiras e mudar o ambiente de aprendizagem.

2. Horóscopo
Quem não gosta de dar uma espiadinha no seu horóscopo de vez em quando, que atire a primeira pedra.

a) Selecione do jornal os horóscopos de todos os signos. Pode ser um da semana passada, ninguém vai perceber.

b) Pegue o corretivo e, aleatoriamente, dê umas pinceladas nele. Cuide para que haja um apagamento em cada signo.

c) Tire o xerox e dê para cada dupla recompor os textos que foram apagados. Poderá, antes, fazer um aquecimento, perguntando quem acredita em horóscopo, quando costuma lê-lo, se alguma vez já deu certo a previsão feita pelo horoscopista...

3. Anedotas
Selecione algumas piadas de salão e, em duas colunas, divida as piadas ao meio: o início da piada na primeira coluna e na outra - de forma desencontrada- o final das piadas. Os alunos deverão ler e combinar os textos humorísticos.

Sugestão: Convide os alunos a formarem duplas e encenarem as piadas para a turma.

4. Tiras em Quadrinhos

a)Recorte algumas tiras de histórias em quadrinhos.

b) Cole-as em uma folha com as partes desencontradas.

c) Os alunos deverão lê-las e reorganizá-las de forma apropriada.

5. Outra com tiras

a) Recorte novas tiras de histórias em quadrinhos e cole em uma folha, porém na ordem certa.

b) Com o corretivo, apague as falas.

c) Peça que os alunos completem da melhor maneira possível de forma que a história tenha coerência. Esse trabalho poderá ser feito em duplas.

6. Ache a foto da notícia
a) Recorte várias notícias com fotos do jornal. Elimine as legendas.

b) Separe as fotos das notícias.

c) Desafie o grupo a encontrar o par (notícia + foto).

7. A Notícia Completa

a) Recorte várias notícias de jornal que tenham as quatro partes fundamentais: título/manchete, lead, corpo, e foto com legenda.

b)Desmembre as notícias, recortando as partes de cada uma.

c) Embaralhe tudinho e peça ao grupo para reorganizá-las novamente.

8.Texto Quebra-cabeças
a) Recorte alguns textos (tantos quantos forem os grupos com os quais você irá trabalhar). Os textos poderão ser coloridos para motivá-los.

b)Faça marcações de forma desorganizada nos textos (tal qual nos quebra-cabeças) e recorte-os.

c) Ofereça-os aos grupos para que os montem novamente. Você poderá ter em mãos algumas perguntas de interpretação para que o grupo responda, dando conta do entendimento da leitura que fizeram. Também poderá ser feita em forma de gincana: o grupo que primeiro responder corretamente a todas as perguntas será o vencedor.

9. Charges
Ler charges de jornal é uma forma divertida de se manter atualizado.

a)Recorte as charges que encontrar pelos jornais.

b) Distribua-as para os grupos e peça para fazerem a leitura do momento, discutindo o acontecimento que está sendo abordado, além de tentar identificar as pessoas que estão sendo focalizadas.

c) Troque com os outros grupos de forma que todos possam fazer as várias leituras.

d) Compare as diferenças que forem surgindo.

10.Lendo figuras

a) Selecione figuras - pode ser de jornal também- que apresentem uma situação passível de se criar um enredo. Explique que uma boa história deve, necessariamente, ter um conflito, senão não é uma história.

b) Peça para que cada um faça a sua leitura do texto extra-verbal silenciosamente.

c) Solicite que, nesse segundo momento, contem para o colega do lado que leitura fizeram e como resolveram o conflito que imaginaram para aquela figura . É importante que cada um fale; não ligue se gerar tumulto na aula, já que isso "faz parte", como diria o Ban Ban

sábado, 12 de maio de 2012

PROJETOS PEDAGÓGICOS NA ALFABETIZAÇÃO

Como trabalhar com projetos didáticos na alfabetização

Para ensinar a ler e escrever, é preciso elaborar projetos didáticos que realmente estimulem os alunos a refletir sobre a escrita e a leitura

Beatriz Santomauro, de Itápolis, S
Foto: Marcos Rosa
PENSAR E FAZER As crianças da EE Professor João Caetano da Rocha testam hipóteses de escrita. Fotos: Marcos Rosa

Produtos finais belíssimos necessariamente não sinalizam projetos escolares bem-sucedidos. Mais do que ficar contentes e orgulhosas do que fizeram, as crianças têm de alcançar os objetivos traçados pelo educador. Ele, por sua vez, tem de saber defini-los com clareza, priorizando a aprendizagem de todos e não só uma boa apresentação para a família e a comunidade. 

Nas turmas de alfabetização, uma das prioridades é ensinar a ler e escrever convencionalmente e de modo relacionado às práticas sociais, certo? Então, o foco principal de qualquer projeto precisa ser, obrigatoriamente, a análise e a reflexão sobre o sistema de escrita e a aquisição da linguagem usada para escrever. Aliás, trabalhar seguindo os parâmetros dessa modalidade organizativa contribui e muito para que a turma avance. Isso porque, ao definir um tema, o professor assegura o contato dos alunos com determinado grupo de palavras por um tempo. Isso permite criar a familiaridade com os termos e explorá-los bastante com o objetivo de construir novos saberes. Quanto maior a proximidade do estudante com o campo semântico trabalhado e a quantidade de informações adquiridas no contato com outras palavras, mais claras serão as chances de ele analisar as palavras e antecipar o que está escrito. No caso de um projeto sobre princesas, por exemplo, há a certeza de que vocábulos desse universo - como princesa, bruxa e castelo - serão recorrentes, assim como o gênero que costuma ser usado para apresentá-lo: o conto. Além do mais, articular propostas de leitura e escrita em um projeto cria muitas oportunidades para o grupo se vincular de maneira pessoal e compartilhada com fontes informativas .

O tema do projeto elaborado por Milca dos Santos, educadora da EE Professor João Caetano da Rocha, em Itápolis, a 365 quilômetros de São Paulo, foram receitas tradicionais de Festas Juninas. A atenção dela não estava focada em finalizar o livro com ingredientes e instruções para preparar quitutes de época. O objetivo era fazer com que os alunos do 2º ano aprendessem muito durante o percurso, avançando cada vez mais em direção à escrita alfabética , tomando como apoio e referência as palavras próprias daquele assunto e a organização do gênero receita. Essa clareza lhe rendeu o título de Educador Nota 10 do Prêmio Victor Civita em 2009. "Milca soube organizar uma rotina que contemplasse o projeto sem deixar que as etapas de leitura e produção de texto passassem longe das situações de reflexão do sistema de escrita", explica Débora Rana, selecionadora do prêmio e formadora do Instituto Avisa Lá, na capital paulista.

O projeto tem de estar a serviço das situações didáticas
Foto: Marcos Rosa
LEITURA SELECIONADA O contato diário com gêneros variados amplia o repertório literário das crianças
Foto: Marcos Rosa
ETAPA POR ETAPA Produções com temas já conhecidos também exigem planejamento, revisão e reescrita
Como se sabe, só se aprende a ler e escrever lendo e escrevendo, vendo outras pessoas lerem e escreverem, fazendo tentativas e recebendo ajuda, sempre guiado pela busca do significado ou pela necessidade de produzir algo que tenha sentido. Contemplar o produto final, contextualizando o ensino, é o mais comum em sala de aula ao desenvolver um projeto. Porém essa preocupação só faz sentido se o tema for usado para impulsionar as quatro situações didáticas específicas que proporcionam a análise e a reflexão sobre o sistema de escrita e a aquisição da linguagem usada para escrever. São elas: a leitura pelo professor, a leitura pelo aluno, a escrita pelo aluno e a produção de texto tendo o educador como escriba. Para refletir sobre a escrita, a criança precisa ser desafiada a tomar várias decisões: quais letras usar? Quantas? Em que ordem? Propor que os estudantes escrevam textos conhecidos de memória e leiam o material em voz alta permite ao professor notar como eles relacionam o que dizem com o que escrevem. "Quando apontam as letras que resolveram usar para representar determinados sons, eles revelam os conflitos que têm e o que já dominam", explica Débora. A leitura de textos memorizados ou de assuntos próximos da criança também faz com que ela identifique com mais facilidade o que está registrado e reflita.

Explorar a linguagem usada para escrever pressupõe analisar a língua dentro de sua função comunicativa. Trabalhos em que o professor faz o papel de escriba (as crianças ditam e ele escreve no quadro) favorecem o desenvolvimento de noções sobre o procedimento usado por escritores experientes: planejar, pensar no destinatário e revisar até que seja alcançada a versão final. 

Os estudantes também pensam sobre a linguagem própria da escrita quando têm a oportunidade de ler materiais de gêneros diferentes e notam suas características, reconhecendo as expressões usadas para começar e terminar um conto de fadas ou sabendo que nos jornais vão encontrar textos diferentes dos livros, que são as notícias e os artigos.
De olho em todos e em cada um
Foto: Marcos Rosa
ROTINA ORGANIZADA Milca articulou um projeto didático a outras propostas de leitura e escrita
Milca dos Santos é professora da turma de 2º ano na EE Professor João Caetano da Rocha, em Itápolis. Ela leciona há 18 anos, desde que concluiu o Magistério. Anos depois, se graduou no Normal Superior e segue até hoje fazendo cursos de formação continuada. "A cada dia, tenho mais certeza de que sempre aprendo mais porque vejo como todos os estudantes, sem exceção, apresentam avanços mês a mês", comenta orgulhosa. 

Objetivo 
Organizar uma rotina de trabalho para que todos os alunos conquistassem, cada um no seu ritmo, avanços expressivos na aquisição das habilidades leitora e escritora: esse foi o desafio que Milca impôs a si mesma quando decidiu desenvolver o projeto didático sobre receitas de festas juninas. Com a maior parte dos estudantes ainda não alfabetizada plenamente e muitos deles filhos de pais analfabetos, ela montou maletas com livros, jornais, revistas e gibis para as crianças levarem para casa e tomarem apreço pelo material escrito. "Como elas entrariam em contato com o mundo dos textos e se interessariam por ele se não o conhecessem?", questiona. 

Passo a passo 
Para organizar as etapas do projeto e as demais atividades da rotina de alfabetização, no início do ano letivo Milca fez um ditado para diagnosticar o que cada criança já sabia sobre leitura e escrita. Ao analisar os registros um a um, concluiu que era importante reservar momentos diários para ler para os alunos e intervalos semanais para ser a escriba de textos ditados por eles e para propor atividades em que pudessem ler e escrever em duplas ou individualmente. Com base nesse esquema de tempo, ela determinou quando e quais atividades do projeto deveriam ocorrer.

Avaliação 
Durante todo o processo, Milca acompanhou os avanços e as dificuldades de todos em uma série de situações avaliativas. A cada um ou dois meses, fazia novos diagnósticos e sempre propunha que os estudantes lessem e analisassem o que compreendiam em textos diversos. No momento em que era a escriba, observava as contribuições que as crianças traziam e as competências que demonstravam. "Anotava tudo o que ocorria nas aulas e fazia o histórico dos trabalhos das crianças. Assim, percebia os avanços e as necessidades, ajudando principalmente os que mais precisavam", diz a educadora. Ela também fotografou atividades para acompanhar o desempenho de todos.

Articular as atividades para ensinar melhor
Foto: Marcos Rosa
FAMILIARIDADE Sabendo que no quadro está escrita uma receita, é possível antecipar a leitura
O tempo - como descreve a educadora argentina Delia Lerner no livro Ler e Escrever na Escola: O Real, o Possível e o Imaginário - é um fator de peso na Educação: é escasso em relação à quantidade de conteúdos fixados no programa e parece nunca ser suficiente para comunicar às crianças tudo o que é importante. 

Por isso, trabalhar com turmas de alfabetização requer uma atenção especial para que os objetivos do projeto sejam cumpridos com clareza (o que significa fazer as crianças avançarem na escrita e na leitura, independentemente do produto final). É necessário ainda que a rotina seja organizada com clareza e variedade para fazer das aulas momentos muitos produtivos. Sim, os projetos não se bastam, embora contemplem dois eixos tão importantes, como a aquisição do sistema de escrita e a ref lexão sobre a língua. É fundamental, então, também organizar momentos de leitura e escrita diários (as chamadas atividades permanentes) e boas sequências didáticas (propostas de trabalho com ordem crescente de dificuldade). "Quando planejadas e trabalhadas de modo coordenado, as três modalidades organizativas proporcionam desafios diferentes, porém complementares", defende Débora. E mais: elas tornam possível a retomada dos conteúdos em diferentes oportunidades e com bases em perspectivas diversas.
RETIRADO DO SITE: Nova Escola