sábado, 14 de abril de 2012

TRABALHANDO COM OS BLOCOS LÓGICOS


Os blocos lógicos são mais um elemento pertencente ao material estruturado, ou seja, todo aquele que é organizado segundo critérios precisos. Podem ser confeccionados em madeira, plástico ou cartolina com diferentes tamanhos, espessura e cores. 
Os blocos lógicos foram criados na década de 50 pelo matemático húngaro Zoltan Paul Dienes e são uma material estruturado de classificação que tem a capacidade de associar à dinâmica a lógica e o raciocínio abstrato.
Constituem um material extraordinário para estimular na criança, a análise, o raciocínio e o julgamento, partindo da ação, para então desenvolver a linguagem. De 1890 a 1934 foram utilizados de modo sistemático com crianças pelo psicólogo russo Vygotsky, quando ele estudava a formação dos conceitos infantis.
Fazendo referência a Piaget, ” a aprendizagem da matemática envolve o conhecimento físico e o lógico-matemático. No caso dos blocos, o conhecimento físico ocorre quando a criança pega, observa e identifica os atributos de cada peça. O lógico-matemático se dá quando ela usa esses atributos sem ter o material em mãos (raciocínio abstrato)”
Os objetivos dos blocos lógicos prendem-se em:
  • Desenvolver o pensamento lógico e matemático;
  • Abstração;
  • Conhecimento das figuras geométricas;
  • Desenvolver o conhecimento dos atributos e dos critérios de cada peça dos blocos lógicos;
  • Desenvolver a imaginação e espírito crítico, dependo do contexto de jogo sugerido para a criança desenvolver;
  • Material de multidisciplinaridade, dependendo da intencionalidade das propostas de atividade.
Os blocos lógicos são caracterizados por serem um material com estrutura eficiente no desenvolvimento lógico-matemática da criança. Recorrendo à classificação a criança pode desenvolver conceitos como cor (amarelo, vermelho e azul), forma (quadrado, rectangulo, triangulo e círculo), tamanho (grande, pequeno), e espessura (fino, grosso).
É composto por 48 peças de madeira ou plástico ou cartolina com diferentes tamanhos, espessuras e cores. Classificadas pelos seguintes atributos:
  • cor;
  • Tamanho;
  • Forma;
  • Espessura.
Fazem parte dos blocos lógicos as seguintes figuras geométricas:
  • O triângulo;
  • O quadrado;
  • O retângulo;
  • O círculo.

Para cada figura geométrica existem 4 atributos. Ex: a figura: quadrado, vermelha, grande e fina.
Para cada um dos atributos existe um código, da cor, da forma, da espessura e do tamanho.

Etapas dos Blocos Lógicos

É fundamental abordar os blocos lógicos de maneira gradual, e então, seguir as diferentes etapas:
  1. Exploração livre: manipular as peças livremente, nesta etapa o importante é apresentar todas as 48 peças às crianças;
  2. Proporcionar jogos onde os quatro atributos sejam desenvolvidos sequencialmente. Criar, recriar, o trabalho dos atributos de forma lúdica e através de um ordem sequencial partindo do grau de dificuldade. Deve-se inicar pela cor, quando este conceito apreendido passar para a forma, depois o tamanho e por fim a espessura.
    1. É necessário que estas análises terminem sempre na tabela de atributos, mesmo que só se trabalhe, um, dois ou três dos atributos.
  3. A terceira etapa só se deve iniciar após todas as outras estarem interiorizadas Trabalha-se as 48 peças dos blocos lógicos através de actividades com diagramas.

Tabela de Atributos

O trabalho desenvolvido fica facilitado se registado na tabela de atributos. Os atributos devem ser introduzidos gradualmente. A tabela deve ser apresentada contendo apenas os atributos que as crianças já conseguem classificar. Este também é um modo de mostrar com mais clareza, os conjuntos que são possíveis (as peças de cada coluna ou de cada fila são sempre um conjunto).

O número de filas deve ser acrescentado ou diminuído dependendo do numero de classificações que se faça. A peça classificada deve ser sempre posta no início da fila, para que a criança consiga fazer uma associação entre a classificação e a peça classificada.

Digramas de Veen, de Carrol e de Árvore

Os diagramas são representações de conjunto, de relações matemáticas e de relações lógicas.
Diagrama de Veen
Exemplos de exercícios:
- Quantos aquários são necessários formar para caberem os peixinhos triangulares, azuis, finos, grandes?
Só é necessário um aquário, por só existe 1 triângulo, azul, fino e grande.
Coloca dentro do aquário todos os peixes triangulares, de todas as cores, finos e grossos.
Pode acontecer surgirem problemas que necessitem de fazer outro conjunto dentro do conjunto já existente. A esses chamamos de subconjuntos. Aqui utilizam-se as etiquetas.
Forma um subconjunto dos animais triangulares vermelhos
Diagrama de Carrol
O diagrama de Carrol divide o plano em quatro regiões associando a cada uma delas dois atributos: um na direcção vertical e outro na direcção horizontal. Então, para se conseguir posicionar uma peça no jogo a criança tem que ter em conta dois critérios de classificação ao mesmo tempo.
Este pode ser um ponto interessante para introduzir a negação do atributo; “vermelho” - “não vermelho”

Diagrama de Árvore
É possível criar para este jogo 4 diagramas de árvore, cada um correspondendo a um atributo: cor, forma, tamanho e espessura.
É um jogo que tem de ser desenhado previamente pela educadora e deve ser apresentado em tamanho real às crianças.
Este diagrama consiste num tronco que se subdivide em tantos ramos quantos forem os valores de cada atributo. Desta forma a cada galho da árvore vão sendo associados os critérios de classificação das peças do jogo.
Da espessura:
Do tamanho:
Da cor:
Da forma:
Retirado do site: http://4pilares.zi-yu.com/ 


sexta-feira, 6 de abril de 2012

CONSTRUINDO UM AMBIENTE ALFABETIZADOR


Construindo o ambiente alfabetizador

Construir um ambiente alfabetizador exige-se muita dedicação, inovação e criatividade do educador, para promover a aprendizagem dos alunos, e convivam com diversas formas de leitura e escrita.

Recortes, imagens de animais, os trabalhos feitos pelas as crianças poderão ser expostos em um mural na sala de aula.





O papel do professor é criar e manter um clima de pesquisas e descobertas.
Os alunos com suas descobertas saberão a importância de ler e escrever, e então darão início ao processo que fará deles, escritores e leitores competentes.









É importante que os materiais utilizados no ambiente alfabetizador, estejam ao alcance da criança, porque influi em seu interesse.






Quanto mais o aluno tem acesso à cultura escrita, maior será a construção de conhecimento sobre a língua.

Materiais ricos em cultura escrita como jornais, revista, livros e gibis, podem ser trabalhados como variados textos para o desenvolvimento do saber da criança.









Os que comunicam sem precisarem de linguagem como rótulos de produtos bem conhecidos, auxiliam na produção de textos individuais e coletivos.



Retirado do blog: http://ambientealfabetizadorprofessor.blogspot.com.br/2008/11/ambiente.html

AMBIENTE ALFABETIZADOR


Ambiente Alfabetizador

Entrevista com Ana Teberosky


 O que é um ambiente alfabetizador?
Ana Teberosky - É aquele em que há uma cultura letrada, com livros, textos digitais ou em papel, um mundo de escritos que circulam socialmente. A comunidade que usa a todo momento esses escritos, que faz circular as idéias que eles contêm, é chamada alfabetizadora.

Nós vivemos em uma comunidade alfabetizadora?Ana Teberosky - Cada vez menos a sociedade auxilia a alfabetização por não promover situações públicas em que seja possível a circulação de escritos, debates, discussões e reuniões em que todos sintam necessidade e vontade de usar a palavra. O individualismo vai contra a formação de leitores e escritores. Há uma tese brasileira que mostra como os sindicatos, durante sua história, desenvolveram uma cultura alfabetizadora entre seus membros. Como os líderes tinham de convencer os filiados sobre determinadas teses, buscavam informações para embasar seus argumentos, levantavam questões e respondiam às apresentadas. Os sindicalizados, por seu lado, também precisavam ler documentos, participar de reuniões, colocar suas dúvidas e opiniões para decidir.

Quais atividades o professor alfabetizador deve realizar?
Ana Teberosky - Formar grupos menores para as crianças terem mais oportunidade de falar e ler para elas são estratégias fundamentais! É preciso compartilhar com a turma as características dos personagens, comentar e fazer com que todos falem sobre a história, pedir aos pequenos para recordar o enredo, elaborar questões e deixar que eles exponham as dúvidas. Se nos 200 dias letivos o professor das primeiras séries trabalhar um livro por semana, a classe terá tido contato com 35 ou 40 obras ao final de um ano.

É correto o professor escrever para os alunos quando eles ainda não estão alfabetizados?Ana Teberosky - Sim. A atuação do escriba é um ponto bastante importante no processo de alfabetização. O estudante que dita para o professor já ouviu ou leu o texto, memorizou as principais informações que ele contém e com isso consegue elaborar uma linha de raciocínio. Ao ver o que disse escrito no quadro-negro, ele diferencia a linguagem escrita da falada, seleciona as melhores palavras e expressões, percebe a organização da escrita em linhas, a separação das palavras, o uso de outros símbolos, como os de pontuação. A criança vê o seu texto se concretizar.

O computador pode ajudar na alfabetização?
Ana Teberosky - O micro permite aprendizados interessantes. No teclado, por exemplo, estão todas as letras e símbolos que a língua oferece. Quando se ensina letra por letra, a criança acha que o alfabeto é infinito, porque aprende uma de cada vez. Com o teclado, ela tem noção de que as letras são poucas e finitas. Nas teclas elas são maiúsculas e, no monitor, minúsculas, o que obriga a realização de uma correspondência. Além disso, quando está no computador o estudante escreve com as duas mãos. Os recursos tecnológicos, no entanto, não substituem o texto manuscrito durante o processo de alfabetização, mas com certeza o complementam. Aqueles que acessam a internet lêem instruções ou notícias, escrevem e-mails e usam os mecanismos de busca. Ainda não sabemos quais serão as conseqüências cognitivas do uso do computador, mas com certeza ele exige muito da escrita e da leitura.

É possível alfabetizar em classes numerosas?
Ana Teberosky - Depende da quantidade de alunos. Em quatro horas de aula por dia com 40 crianças, é muito difícil e eu não saberia como fazer... Seria melhor se cada sala tivesse 20, 25. Em Barcelona, estamos experimentando os agrupamentos flexíveis, que misturam grupos de diferentes níveis, com 12 estudantes e com três ou quatro professores à disposição para orientação. Existem algumas possibilidades desde que haja contribuição da gestão pública.

"Acreditar que o aluno pode aprender é a melhor atitude de um professor para chegar a um resultado positivo"

edição 187 - nov/2005edição 187 - nov/2005

COMO TRABALHAR COM O EIXO NATUREZA NA EDUCAÇÃO INFANTIL



Olá meninas!
Assistam este vídeo e reflitam sobre o que podemos utilizar em nosso planejamento.
Beijos,
Regina Karla